São Paulo vai investir no cadastro de torcidas para evitar brigas em estádios

De acordo com o representante do Ministério Público, o promotor Paulo Castilho, a guerra entre torcidas organizadas deixa vítimas todos os anos.

O Ministério Público  pode pedir que as torcidas organizadas sejam proibidas de entrar nos estádios, se ficar comprovado que o corinthiano Douglas Silva, encontrado morto no Rio Tietê, foi vítima de torcedores do Palmeiras. A Polícia Militar confirmou que houve a briga entre os torcedores do Palmeiras e do Corinthians antes da morte de Douglas e que a PM acompanhou os palmeirenses até a quadra da torcida depois do confronto.

De acordo com o representante do Ministério Público, o promotor Paulo Castilho, a guerra entre torcidas organizadas deixa vítimas todos os anos. Ele explica que o Ministério Público está analisando o caso e vai reunir elementos que comprovem que os responsáveis pela morte do corinthiano Douglas Silva foram torcedores palmeirenses.

Paulo Castilho explica que será feito um cadastramento nas sedes das próprias torcidas organizadas. Os membros terão uma identificação facial e digital, o que já elimina os criminosos, que não vão querer se cadastrar. Ele ressalta que muitos torcedores foram processados e presos depois da implementação do Estatuto do Torcedor.

O último episódio de violência deste tipo em São Paulo aconteceu em fevereiro de 2010, em uma partida entre Palmeiras e São Paulo. Após o término da partida, um torcedor do Palmeiras morreu na saída do estádio. O assassino foi preso, está sendo julgado e deve ser condenado. Depois disso, o número dos casos de violência nos estádios ficou próximo de zero, mesmo com as semifinais do Campeonato Paulista, que reuniram os quatro maiores times do estado.

Fonte: G1 - 31/08/2011